sábado, 11 de outubro de 2008

"The Imposter Panel" (GHC2008)

Este painel foi apresentado por 5 mulheres com altos cargos nas empresas/instituições em que trabalham. São elas: Kori Inkpen (Microsoft Research), Maria Klawe (Harvey Mudd College), Mary Czerwinski (Microsoft Research), Tiffani Williams (Texas A&M University), Tessa Lau (IBM Almaden Research Center).

Eu já havia sentido todos os sintomas da "Síndrome do Impostor", mas até então, não sabia que esta era uma "doença" diagnosticada :-) Os principais sintomas são:
  • sentimento de que os outros são mais capazes do que você;
  • sentimento de que você é uma fraude e não merece estar onde está;
  • sentimento de que a qualquer momento seu chefe/orientador e colegas vão descobrir que você não é tão capaz quanto eles acreditam ser.
A melhor parte deste painel foi descobrir que eu não estou sozinha! A sala estava lotada de impostoras :-) As painelistas listaram algumas situações em que elas se sentem impostoras:
  • em situações novas, principalmente quando elas têm que fazer coisas que "pessoas de sucesso" fazem ou que mulheres não fazem com frequência;
  • quando são convidadas a assumir responsabilidades para as quais não se sentem qualificadas;
  • quando estão rodeadas por pessoas mas experientes;
  • quando elas vêem outras pessoas trabalhando mais do que elas.
Elas também deram dicas de como conviver com esta síndrome:
  • acredite em si mesma e nas suas qualidades. Lembre-se de seus sucessos, não de suas falhas, e orgulhe-se deles. Lembre-se de como era a sua vida 5 ou 10 anos atrás, de todas as coisas que aprendeu e tudo o que conquistou;
  • haja de forma confiante, mesmo quando não se sente confiante;
  • conviva com pessoas que lhe dão suporte e que acreditam em você;
  • trabalhe duro, mas também divirta-se!
  • aceite desafios (com riscos calculados);
  • aceite a auto-desconfiança como parte de quem você é. Esse sentimento nos mantém humildes e nos ajuda a ajudar os outros.
A Dra. Tiffani Williams fez o seguinte comentário: "Sou eu quem construo minha própria experiência". Ela disse que ninguém nunca disse que ela era uma impostora, era ela quem dizia isso para si mesma. Então, ela decidiu parar de dizer isso e, desde então, sua auto-confiança tem aumentado!

7 comentários:

jsanti disse...

Oi Ju,
bom "saber" que este sentimento de "impostora" não é uma exclusividade! hehehe

Abraços,
Ju Santi

Juliana disse...

Pois é Ju, o problema é mundial :-)
[ ]s,
Ju.

Zeitgeist disse...

Olá Ju,

acabei de ler este post e achei bastante interessante!

No meu caso, uma coisa que me ajudou muito a não me sentir "um impostor" foi perceber de forma bastante clara que, independentemente da área, na média, o trabalho das pessoas é ruim!

E que, na maioria das vezes, o fato de a gente se sentir pior do que os outros está mais relacionado com "os outros" do que com a gente.

Ou seja, se nos espelharmos nos melhores, sempre seremos piores! E como sempre haverão pessoas melhores do que nós, poderemos viver a vida toda "nas sombras"!

Veja o detalhe (the catch), querer ser igual aos melhores é uma forma de ambição sadia que nos faz prosperar na carreira... agora é importante entender nossos limites e, mais importante ainda, entender o que realmente queremos.

Sempre haverá um compromisso, mas será que queremos pagar?

André

Juliana disse...

Olá André,

muito interessante o seu ponto de vista!
Uma coisa que eu faço, que está relacionado com o que você disse, e que me ajuda a controlar esse sentimento é pensar que embora uma pessoa seja melhor do que eu em X, é possível que eu seja melhor do que essa pessoa em Y. Cada um de nós tem pontos fortes e fracos, o problema é que muitas vezes queremos ser "fortes" em tudo...
Enfim, devemos valorizar nossas qualidades e trabalhar em nossos pontos fracos, tomando como exemplo pessoas que são fortes nesses pontos, mas sem esquecer dos nossos limites.

PS.: durante o painel discutiu-se se essa era uma síndrome exclusiva das mulheres ou não. Parece que não é :-)

Daniela Seabra disse...

Juliana, adorei esse post! Sempre me senti uma impostora :-) Que bom que esse sentimento eh normal :-)

Bjos Daniela

Juliana disse...

É Daniela, você não está sozinha :-)
Mas o melhor é saber que esse sentimento pode ser controlado!
Bjs,
Ju.

Unknown disse...

Oi, Juliana. Tudo bem?
meu nome é Juliana tb. e queria conversar com vc. Será que vc pode me mandar um email para conversarmos em privado? jlinhares@abril.com.br
Obrigada e um abração,
Juliana